terça-feira, 11 de agosto de 2009

CHAPOLIM COLORADO

Mais ágil que uma tartaruga! Mais forte que um rato! Mais inteligente que um asno! Ele é Chapolim!

Assim começam invariavelmente todos os episódios da série de TV mexicana CHAPOLIM (no original, El Chapulin Colorado), imitando a abertura da série do Super-Homem, dos anos 50, estrelada por George Reeves: Mais rápido que uma bala! Mais poderoso que uma locomotiva! Capaz de transpor altos prédios num pulo só! Olhe lá no céu! É um pássaro? É um avião? É o Super-Homem! Só para os nostálgicos, a abertura da série do Homem de Aço continuava assim: Sim, é o Super-Homem, um estranho visitante de um outro planeta que veio à Terra, com poderes e habilidades muito além das conhecidas pelo homem! O Super-Homem, que pode mudar o curso dos rios caudalosos, vergar o aço com as próprias mãos e que se disfarça em Clark Kent, o melhor repórter de um grande jornal da cidade, enfrenta uma luta infindável pela verdade, justiça e bem-estar de todos.

Chapulin significa gafanhoto, em espanhol; na melhor tradição dos insetos com mania de herói, assim como o Besouro Verde e a Formiga Atômica. Não adianta ninguém espernear, o Chapolim é referência obrigatória no imaginário de várias gerações. Não há ninguém que eu conheça que não tenha assistido, mesmo “sem querer”, a um ou a vários episódios, para não dizer a todos, deste herói de roupa vermelha e amarela (até nas cores, ele imita o Homem de Aço), com um coração estampado no peito, com as iniciais CH. E para completar a indumentária, um par de anteninhas. Vale-se, como arma, de uma marreta biônica, a qual acerta não somente na cabeça dos bandidos, mas na de quem estiver por perto e, muitas vezes, na dele mesmo. Faz uso também das providenciais pílulas de Nanicolina, denominadas, em alguns episódios, de Polegarina, quando é preciso enfrentar malfeitores muito perigosos e em maior número.

Os seus bordões preferidos, lembrados por vários aficionados, depois de umas cervejas, são: Não contavam com minha astúcia!, Eu sempre chego a tempo!, Sigam-me os bons!, Suspeitei desde o princípio!, Meus movimentos são friamente calculados! e Se aproveitam da minha nobreza! E o melhor de todos: Palma, palma, não priemos cânico! Chapolim Colorado está aqui para ajudar no que for necessário!, enquanto se esborracha no chão ou em alguma parede ou em cima daqueles que estão em apuros, que, sem refletir, pronunciaram a senha para o surgimento do herói: E agora, quem poderá nos defender?

A série do Polegar Vermelho, como o Chapolim é conhecido pelos mais íntimos, teve início junto com outra, também famosa, a do CHAVES (El Chavo), em 1969. Ambas foram criadas pelo ator e produtor Chespirito, apelido de Roberto Gomez Bolaños, que interpretou tanto o Chapolim como o Chaves. As duas séries têm o mesmo elenco principal. Na série do Chapolim, ele é o único personagem fixo, em aventuras no faroeste, às voltas com piratas e tesouros, fantasmas, cientistas malucos que inventam o Extrato de Energia Volátil, criminosos empedernidos como o Tripa Seca. Na série do Chaves, além do personagem principal, um órfão que apareceu na vila e vive dentro de um barril, tal e qual um filósofo grego, em quem todos descontam suas frustrações, há a dona Florinda (a atriz Florinda Meza, mulher de Bolaños na vida real), mãe do bochechudo Quico (Carlos Villagran) e apaixonada pelo professor Girafales (Ruben Aguirre). Ela é especialista em deliciosos churros, que fazem a perdição do seu Madruga (Ramon Valdez). Todas as vezes em que dona Florinda e Girafales se encontram, ouve-se o clássico tema musical de “...E o Vento Levou”. Há, ainda, os atores Maria Antonieta de las Nieves (a personagem Chiquinha, filha do seu Madruga) e Edgar Vivar (o seu Barriga, proprietário da vila e o saco de pancadas do Chaves). Em tempo, Quico teve uma série de curta duração, devido à sua morte prematura. O sucesso das séries é tão grande que, aqui, no Brasil, gerou vários objetos de desejo, hoje disputados a tapa pelos colecionadores de tranqueiras, como um álbum de figurinhas, os gibis Chaves & Chapolim, e, Chapolim & Chaves, fantoches, disco, bonequinhos de plástico, sendo o do Chapolim o mais cobiçado de todos.

Um comentário:

  1. E quem não conhece eles,hein???Elio comenta:são muito bons mesmo ,mas prefere ainda o Chaves!!!E...não priemos cânico!!!

    ResponderExcluir