quinta-feira, 2 de setembro de 2010
POESIA, MINHA FILHA
por Edson Negromonte
poesia, minha filha, é a resposta que darias
à embalagem esquecida no beco da gralha,
ao cavalo sem dentes na beira da estrada,
à barata de nome gregor samsa no teu quarto
poesia, minha filha, é a resposta que darias
ao pássaro cego da canção popular,
às pegadas deixadas na lama amarela,
à pedra que eu te trouxe de presente
poesia, minha filha, é a resposta que darias
à goteira sobre a lareira acesa,
ao último biscoito na lata de biscoitos,
ao postal que te mandei do vale do pavão
poesia, minha filha, é a resposta que darias
aos filhos bastardos de jean-jacques rousseau,
ao mofo nas paredes brancas de uma casa quase branca,
ao velho italiano sentado no banco das praças
poesia, minha filha, é a resposta que darias
àquela estrela anã na galáxia distante,
ao rimbaud traficante de armas,
ao rio marimbondo
poesia, minha filha, é a resposta que darias
à porta entreaberta,
à lâmpada queimada,
à casa em nantucket
poesia, minha filha, é a resposta que darias
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Ai, que lindo!! Amei!! <3
ResponderExcluirEdson,
ResponderExcluirPoesia, meu amigo, é a resposta que darias
à luz natural da tarde
à tarde que varava o sonho
ao sonho que precipitava o som.
Ao som da nossa banda de rock
Lindíssima a poesia!
Edson, puxa que lindo. Estou repetitivo mas é isso. Parabéns Cárita pelo grande pai que tens.
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